O melhor dos Beatles

Image: The Beatles pictured on 6th September 1963

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Como escolher, entre tantas canções, apenas dez entre as criações do Fab Four? Toda lista é subjetiva, então é melhor se guiar pela emoção.

1 – YESTERDAY (1965)

Essa canção, incluída no álbum Help!, é de fato recordista. Diz o Guinness Book que é a música com mais transmissões em rádio (mais de seis milhões nos Estados Unidos no ano de seu lançamento). É também a que mais tem covers (1.600 cantores a regravaram). Foi a primeira da banda em que um deles, no caso Paul McCartney, cantou sozinho, com quarteto de cordas.

2 – ALL YOU NEED IS LOVE (1967)

O quarteto foi convidado a participar, pela BBC, do primeiro evento transmitido via satélite para todo o mundo. A letra, de John Lennon, trazia uma mensagem de paz em tempos de Guerra do Vietnã. O coro original tem as presenças, entre outros, de Mick Jagger e Eric Clapton. Depois de ser tema do filme Simplesmente Amor, passou a ser moda inclui-la na entrada da noiva.

3 – A DAY IN THE LIFE (1967)

Foi destaque de Sargent Peeper’s Lonely Hearts Club Band, considerado o principal álbum de rock de todos os tempos. Resultado da junção de duas músicas: uma de Lennon e outra de McCartney. Tem uma série de sons estranhos ao final e faz referência ao uso de maconha. Por isso foi banida das rádios inglesas. Mas a revista Rolling Stone a elegeu como o melhor da banda.

4 – ELEANOR RIGBY (1966)

Incluída em Yellow Submarine, marcou a transição do grupo do estilo pop para algo mais sério. A primeira versão tinha o nome de Miss Daisy Hopkins, mas já falava de solidão na velhice. Conta a lenda que Paul trocou o título ao ver os nomes E. Rigby e Mackenzie em lápides do cemitério de Liverpool em que caminhava. Outros garantem que a musa inspiradora existiu de fato.

5 – SOMETHING (1969)

Composta por George Harrison, foi a única música dele no lado A de um single dos Beatles. Depois de Yesterday, é a canção do quarteto que mais teve regravações, incluindo uma versão famosa de Frank Sinatra. George é quem canta e o primeiro verso repete Something in The Way She Moves, gravada por James Taylor um ano antes. Chegou a ser oferecida para Joe Cocker.

6 – STRAWBERRY FIELDS FOREVER (1967)

O autor é apenas John Lennon, mas foi creditada à dupla Lennon e McCartney. A inspiração dele veio do tempo em que brincava no jardim Strawberry Field, do Exército da Salvação de Liverpool, próximo de onde morava. Era o lado A de um compacto que também tinha Penny Lane. As duas mostravam o lado nostálgico do grupo e ao mesmo tempo definiam o estilo rock psicodélico.

7 – I WANT TO HOLD YOUR HAND (1963)

A música marcou o início da Beatlemania em todo o mundo, pois foi a canção que tocaram no Ed Sullivan Show, na primeira viagem aos Estados Unidos. Atingiu o topo da parada americana em 1º de fevereiro de 1964, onde ficou por cinco semanas. No Brasil a febre foi igual e o refrão de outra música, She Loves You (Yeah! Yeah! Yeah!) batizou o estilo iê-iê-iê, da Jovem Guarda.

8 – HEY JUDE (1968)

Essa é apenas de Paul, mas também foi creditada à dupla Lennon e McCartney. Paul a compôs depois de uma visita à Cynthia Lennon e seu filho Julian, que sofria com o divórcio e a relação do ex-marido com Yoko Ono. É uma mensagem de apoio para a família. Curiosamente, Lennon não reclamou Chamou atenção por ter mais de sete minutos, algo incomum na época.

9 – IN MY LIFE (1965)

Faz parte do álbum Rubber Soul é uma das canções românticas mais famosas do grupo. Lennon dizia que tinha criado a música praticamente sozinho, mas McCartney refutava a declaração, dizendo que participou do começo ao fim. Teve muitas regravações e a versão de Rita Lee, intitulada Minha Vida, fez muito sucesso no Brasil. Também foi incluída na trilha do filme ABC do Amor.

10 – THE LONG AND WINDING ROAD (1970)

É considerada uma das músicas mais tristes do grupo, por marcar a separação que aconteceu após o álbum Let It Be. Fala de perda, sem descrever uma situação específica. As imagens de vento e chuva vieram da estrada que Paul percorria até chegar em sua fazenda. Ele dizia que tinha a voz de Ray Charles em mente, por isso os acordes da canção em estilo jazzístico.

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