O dono do “Solar de Luiz de Queiroz”, o “Seio de Abrahão”

Uma das realizações de LuizVicente de Souza Queiroz pela qual ele teve carinho especial foi o “Solar” ou “Palacete Luiz de Queiroz”, na atual Avenida Beira Rio, próximo ao Salto do rioPiracicab, construído no século 19. Tratase, ainda hoje – mais de um século depois – de um lugar privilegiado e de um cartão postal piracicabano. A casa foi chamada, em 1900, pelo jornalista Manoel de Camargo – autor do “Almanak 1900” – de “O Seio de Abrahão”,tais a beleza e a paz do local.

Luiz de Queiroz vendeu a propriedade para o empresário Buarque de Macedo (que seria dono, também, da Fábrica de Tecidos), que a vendeu, em seguida, ao político Rodolfo Miranda, ministro da República e novo proprietário da fábrica de tecidos que, a partir dele, se chamou “Arethusina”, em homenagem à sua esposa.

Depois, tanto a fábrica como o solar foram vendidos à Cia. Boyes, passando a casa a ser conhecida como “Palacete Boyes”. É um lugar histórico que, ao longo das décadas de 50 a 70 do Século XX, provocou diversas iniciativas de desapropriação pelo poder público, todas elas resultando infrutíferas. Entre os visitantes ilustres do Solar,figura o escritor Rudyard Kipling, Prêmio Nobel de Literatura de 1907.

Quase abandonada nas últimas décadas do século 20, a propriedade foi adquirida – no final do Século XX – por Arnold Fioravante, em nome do Instituto Tancredo Neves. Discute-se se o palacete, restaurado, respeitou o estilo original. O proprietário Arnold Fioravante é piracicabano, nascido em 1º de fevereiro de 1931, filho de um ilustre professor piracicabano, Afonso José Fioravante, e de dona Ana Aleoni Fioravante.

Professor, foi funcionário da Secretária da Educação de São Paulo, diretor de diversas escolas, sendo um dos fundadores, em 1968, das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), da qual se tornou diretor-superintendente e onde se formou em Direito. Foi fundador, também, em 1978, da Rádio Capital, sendo seu diretor geral. Em 1986, foi eleito deputado federal pelo PDS, em dobradinha com o radialista e seu

funcionário Afanásio Jazadgi. Não se reelegeu em 1990, filiando- se, então, ao PTB.

Arnold Fioravante, deixando a política, retornou às atividades na FMU e, em 1998, passou a dedicar-se a estudos e expansão do ensino à distância, criando, também, o Instituto Tancredo Neves. Foi, também, diretor das Faculdades Integradas Alcântara Machado. É, agora, proprietário, também, do “Solar Luiz de Queiroz”, o “Seio de Abrahão”.

Deixe uma resposta