A História que Eu Sei (LXVII)

Luciano Guidotti tinha plena certeza de que Humberto D’Abronzo seria o seu candidato à sucessão municipal, um candidato com grandes possibilidades de vitória conforme indicavam as pesquisas. Assim estourou como uma bomba, nos meios políticos de Piracicaba – magoando profundamente o Prefeito Luciano Guidotti – a notícia de que Humberto D’ Abronzo renunciava à sua candidatura. Luciano Guidotti tinha uma casa comercial na rua Governador Pedro de Toledo, esquina com rua São José, onde estivera a sua representação dos veículos da GMC. Na mesma rua São José ao lado do teatro São José, ficava a loja de João Guidotti. Era um quarteirão de grande concentração política, pois as duas casas comerciais se haviam tornado pontos de reunião e de confabulações, que aconteciam praticamente todas as manhãs com a presença de vereadores que apoiavam Luciano Guidotti. Com a renúncia de Humberto D’Abronzo – comunicada a Luciano e a João Guidotti por José Benedito Jordão e José Carlos Pfiffer – houve como que um comício de protesto e, imediatamente, os “guidotistas” transformavam Humberto D’Abronzo em adversário político. Era um golpe que os “guidotistas” sofriam, pois, ainda que não oficialmente, a candidatura de D’Abronzo estava nas ruas e era a única com força eleitoral para enfrentar Salgot Castillon, na hipótese de vir este a ser candidato à sucessão municipal.

A partir desse momento, Humberto d’Abronzo passou a mostrar simpatias pelo “antiguidotismo”, permitindo surgissem comentários e suspeitas de uma aliança sua com Salgo-Aldrovandi dentro da ARENA.

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