Soneto Bobo
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Quisera eu no tempo ter voltado
Ter dito mentiras de amor sinceras
E seguido o rumo da minha espera
Pra sua casca ter mudado de estado.
Com esse meu lado meio megera
Que lhe faz fugir do seu próprio achado
Meu samba se parte e, o peito estufado,
Guarda aquilo que só o seu jazz venera.
Eu nunca sonhei com tanta bobagem
Não fosse a vontade em me ouvir tanto
Num soneto bobo em modo litígio
Empurrei a doce estrada d’um bem
Preferiu a amarga quebra d’um encanto
Pro seu frígio nome rimar vestígio.