Saúde: família desesperada por atendimento
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A primeira declaração de princípios do atual prefeito Gabriel Ferrato foi no sentido da “humanização de Piracicaba”. Isso significou, mais do que um propósito, a admissão de que a cidade está desumanizada e que a administração pública cuidou mais de obras – voltadas em especial para veículos – do que para a população. A questão da Saúde tem sido uma queixa permanente e crescente.
Em nossa “Tribuna do Povo”, A PROVÍNCIA recebeu um dramático apelo de familiares da idosa Dilma Berno, de 69 anos – moradora em Saltinho – que está gravemente enferma, com orientação médica para sua urgente internação. Trata-se de uma cirurgia de coluna, para tentar resolver problemas que mantém a senhora imobilizada e debilitada. O SUS, segundo a família, diz não haver urgência para a cirurgia – contrariando, pois,a orientação dos médicos – o que coloca a humilde melhor numa lista seletiva de espera.
À Dona Dilma, os médicos prescreveram o medicamento Tramadol com Profenide, via intravenosa, diariamente, de alto custo, que a família não tem condições de adquirir. A Prefeitura de Saltinho diz não ter condições de fornecer a medicação e, em Piracicaba, a família não consegue o medicamento. Por outro lado, o médico Ronaldo José de Lima – admitindo e reconhecendo que o tratamento não surte efeito – recomendou cirurgia urgente, no dia 28 de janeiro passado. O SUS, no entanto, insiste tratar-se de caso de internamento.
Dona Dilma, como dezenas ou milhares de outros cidadãos, estão em fila de espera, pois a Saúde, em Piracicaba, está com dificuldades de atendimento e sem recursos suficientes. Fica o protesto da família, enfatizado por A PROVÍNCIA, que está aberta à população para os seus justos reclamos. Afinal de contas, o prefeito Gabriel Ferrato comprometeu-se a “humanizar Piracicaba”. E há pontes e rotatórias que são absolutamente secundárias diante de vidas humanas. Que se interrompam obras nem sempre prioritárias e até mesmo questionáveis e que se dê à população – especialmente aos mais sofridos – o respeito e os cuidados inerentes à dignidade humana. Que o povo fale.