José Alencar, um bravo

Em meio a tanta mediocridade da vida pública brasileira, no vendaval de corrupção que sacode Brasília e o Congresso Nacional, no apequenamento cada vez mais acelerado de homens e de mulheres que deveriam ser paradigmas para a Nação e em especial para a juventude brasileira – avulta a figura humana de José Alencar, vice-presidente da República. Como Euclydes disse do sertanejo, podemos, também, afirmar que “José de Alencar é, antes de tudo, um forte”. Pois a sua luta pela vida, mais do que comovedora e emocionante, é admirável e exemplar.

Dia a dia, cirurgia por cirurgia, internação por internação, o Brasil acompanha a hercúlea e heróica luta desse homem para manter-se vivo, nesta que é o mais dramático enfrentamento do ser humano, a batalha para se manter vivo. José Alencar – enquanto a classe política brasileira chafurda na lama e o Senado torna-se conhecido, no exterior, como “A Casa dos Horrores” – dá um testemunho tocante de dignidade pessoal e de respeito pela vida. Pois, enquanto políticos que lhe são próximos, diminuem a própria vida e as relações humanas com total desprezo por qualquer sinal de dignidade, ele, o vice-presidente, assume com galhardia a sua enfermidade e não se deixa derrotar pelo mais poderoso e imbatível dos inimigos do homem, a morte.

Nesse oceano de mediocridade dos políticos brasileiros, José Alencar conquista o coração e a admiração dos brasileiros, como um bravo que merece ser reverenciado pela tenacidade e força espiritual, pela valorização da vida e pela grandeza humana que faz espalhar-se pela nação brasileira. Alencar é a âncora de uma dignidade quase perdida, a tábua de salvação num mar de podridões, como que o lírio simbólico que surge da lama.

Houvesse um mínimo de vergonha na cara de homens públicos que ocupam cadeiras e cargos no Congresso Nacional, eles estariam, no mínimo, ruborizados pela dimensão moral e humana de José Alencar, o vice-presidente que, quase anônimo como político embora um paradigma como empresário, se transforma numa luz de esperança na noite sombria que Brasília insiste em derramar sobre o Brasil. É um bravo. E, para ele e diante dele, o povo brasileiro se rende de respeito e admiração. Bom dia.

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