A Febem e seus problemas.

A instalação de unidades da Febem no interior de São Paulo é, na verdade, uma questão política do Governador Geraldo Alckmin, conforme ficou claro, outra vez, em editorial do insuspeito jornal “O Estado de São Paulo”, insuspeito no sentido de suas simpatias em relação a governos do PSDB. O govenador deseja, simplesmente, descentralizar a Febem, criando “41 novas unidades em 9 municípios do interior, com 1.640 vagas.” Piracicaba é um desses municípios e sua escolha não se deve a problemas em relação a menores e adolescentes, mas ao fato de, aqui, encontrarem-se políticos amigos do governador, já que a resistência, à instalação da Febem, é generalizada nas cidades interioranas. O “Estadão”registra essa repulsa de populações e de prefeituras, na defesa de livrar São Paulo, capital, e deixar a dramática questão para o interior.

Osasco, Hortolândia, Cotia estão entre as cidades que se negaram à política do Governador Alckmin. E Campinas está sofrendo o rescaldo da grave rebelião de internos da Febem ocorrida nos últimos dias. Piracicaba precisa deixar de ser conivente com os compromissos políticos de suas lideranças e enfrentar os problemas de frente. A vinda da Febem é fato grave. O silêncio sobre isso é comprometedor.

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