A pioneira e o sonho invendável.

Em Abril de 1964 teve início a germinação de uma semente que deu seu primeiro fruto, a primeira turma da FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS”,após quatro anos. Éramos uma turma heterogênea,meninas, meninos, jovens senhores e senhores nem tão jovens com cabelos já prateados…Havia muita união, entusiasmo e algo maior que nos enchia o peito de orgulho e espírito de luta, comum aos pioneiros, pois pioneiros fomos naqueles anos queridos: PIONEIROS!

Era o tempo do Rev. Chrisatho Cesar,que ficava ao pé da escada e repreendia as meninas que usávamos calça comprida…Mas,quando nos viu de saias, passou a “esbravejar” e sugerir calças compridas…Era o início da mini saia que,diante das saias contemporâneas, pareceria quase uma veste longa. Tantas e tantas noites, ao entrarmos na classe, nós meninas tirávamos pano de pó das bolsas , sim:pano de pó para limpar carteiras porque estávamos em obras, com muito orgulho e alegria!

Apesar deste espaço ser destinado a um comentário eu não posso deixar de colocar um pedacinho do início dessa história, mesmo um pedacinho insignificante diante de tantos outros aspectos maiores da história da UNIMEP. Aquela primeira turma vivia um sonho que se tornou realidade. Aqueles professores, que viajavam de São Paulo para darem aula na Faculdade nova do interior, também sonhavam e viviam o ideal de ensinar! Ideal, sim, pois eram professores da PUC, da GV, da USP…Nós precisávamos deles porque estávamos nascendo e ainda não havia professores para todas as matérias.

Hoje, quatro décadas de história, a Unimep gerou seus professores. Construiu seus Campi .Tem corpo e alma. É uma família e tem árvore genealógica. E agora,o Reitor da UNIMEP está prestes a decretar que o sonho acabou?! O sonho só acaba quando a vida cessa! A vida precisa do sonho, pois que é o sonho que não o ideal? E que é a vida sem ideal? Os valores mais preciosos são invisíveis, imensuráveis, invendáveis…

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