A HISTÓRIA QUE EU SEI (124)

O PMDB CONSERVADOR
Desde 1979, com a nova legislação partidária, os partidos políticos se realinhavam em Piracicaba. O MDB transformara-se em PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e suas figuras de comando eram, ainda, os deputados Francisco Antonio Coelho e João Pacheco e Chaves. No entanto, o Prefeito João Herrmann Neto, com o apoio de todos os matizes da “esquerda” – que se acentuaram com a realização do 32o Congresso da UNE – tentava plantar a sua liderança dentro do partido, no que alimentava o radicalismo das posições internas do PMDB, onde o ex-prefeito Adilsoll Maluf conquistara espaço em razão de sua aliança com os deputados Francisco Coelho e Pacheco e Chaves. Dentro da UNIMEP, organizava-se o PT (Partido dos Trabalhadores), com professores que haviam pertencido ao então chamado “MDB Jovem”, destacando-se José Machado, Renato Maluf, o teólogo Hugo Assmann e o vice-prefeito José Aparecido Borghesi. 63 Filiavam-se ao PT também o intelectual João Chiarini, os líderes sindicais Diocleciano Villar e Antonio Fernandes Paiva, bancários. A ARENA, pela maioria de seus antigos membros, desembocou no PDS (partido Democrático Social), liderada pelos partidários do governador Paulo Salim Maluf, entre eles o já deputado – eleito em 1978 – Jairo Ribeiro de Mattos e o vereador Elias Domingos da Silva. Criava-se o PP (partido Popular), de inspiração do Governador de Minas Gerais, Tancredo Neves, pela orientação de um jovem agrônomo e professor, que houvera sido presidente do C.A. “Luiz de Queiroz”, Antonio Carlos de Mendes Thame. A partir de 1979, vencia o prazo de cassação dos direitos políticos de Francisco Salgot Castillon que, 10 anos depois, retomava à política, ingressando no PP. (Filiei-me, também, ao PP e tínhamos uma proposta para as eleições de 1982: sairíamos candidatos, cada qual por uma sublegenda do PP, Francisco Salgot Castillon, Antonio Carlos de Mendes Thame e eu. Quem vencesse, se o partido vencesse, tentaria reorganizar a política e a administração pública municipais pelos quadros do novo Partido Popular, de centro e progressista). Mas o PP – ainda por inspiração de Tancredo Neves – desapareceu, indo engrossar as fileiras do PMDB, num acordo de âmbito nacional. Salgot Castillon e Antonio Carlos Thame ingressaram no PMDB, onde, pelo acordo interpartidário, estava garantida uma sublegenda para serem candidatos às eleições de 1982.

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