Convivência com animais domésticos como obrigação social

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Um amigo cuida de um enorme e simpático porcopreto, bem perfumado, que dorme no quarto do casal, juntamente com dois cães.Coisa dele…  Cá não falo disso, mas simda obrigação enquanto sociedade, de ampararmos os animais moradores delogradouros públicos, e de não os abandonarmos tampouco. 

      Senão trata deles, uma pessoa também não tem o direito de maltratá-los,exterminá-los ou de lhes dificultar a sobrevivência.  O poder público, se não auxilia melhor noscuidados, tampouco pode atrapalhar os cidadãos que fazem sua obrigação moral,ética e legal para com os animais.

      Enfim, temos de aprender a conviver, em locaispúblicos, com cães e gatos, inofensivos que geralmente o são, e até benéficos.É o dever mínimo de cada um que, geralmente, adora dizer-se cristão! Enfim,paremos de nos escandalizar com a existência de certo número de animais sendocuidados em alguns lugares. Escandalizamo-nos não visando o bem deles, mas apenaspor causa de nossos pruridos egoístas, mesquinhos e arrogantes!

      Na área de lazer da Rua do Porto, porexemplo (parque Dr. João Hermann Neto), o departamento de Zoonoses iniciou ascastrações necessárias dos gatos que ali foram abandonados e se reproduziramtambém. Isso é muito bom! Há uma Ong que faz o transporte dos mesmos até o localdas cirurgias e os leva de volta, mas, até onde constatamos, não se incumbe mesmode dar local para o período de pós- operatório dos mesmos, o que seria o ideal.No entanto, numa bela colaboração entre funcionários de secretarias diferentes,está-se conseguindo dar o pós -operatório dos animais. Sinal de progresso eresposta positiva a reivindicações dos protetores.

     Ontem, por outro lado, lá dando umaolhada, notei que as vasilhas de água estão sumindo e as poucas que restaramforam esvaziadas (por bons cidadãos tementes a Deus?), como se os animais nãotivessem sede ou direito a beber. Depois não se quer que procurem água nosbebedouros das pessoas, né?

   Isso precisa acabar. Temos, os protetores deanimais, de colocar muito mais vasilhas do que deitam fora . Também precisamoscontinuar, sim, a alimentá-los, com exceção das terças à noite e das quartaspelas manhãs (para o jejum das cirurgias). Mas alimentá-los não aleatoriamente. Vermos quais aos magros, osesfomeados os mais fracos e privilegiarmos esses.

    Mantenhamo-nos vigilantes, solidários aos animaisque já que ali nasceram, ou lá foram abandonados, devem ser tratados “in loco”,pois lugar muito melhor para eles não é provável de se achar. Tirá-los apenasdo olhar dos humanos egoístas não é também nenhuma solução.

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