“Maria da Penha” para homens

Não seria novidade alguma dizer que não estou entendendo mais quase nada. Afinal de contas, quem tem a coragem de admitir entender alguma coisa em tempos tão caóticos? Veja-se, um exemplozinho de nada: num concurso idiota, para escolher o bumbum mais bonito do Brasil – tendo mulheres como alvo – o derrière favorito é de um transexual. O cidadão se fez mulher e deve ganhar o prêmio. Uma das candidatas reclamou: “É jogo sujo. Homem tem mais músculos no bumbum.” Só que ele passara a ser ela. Ou os dois.

Ouvi, de um pai já quase idoso, dando um conselho adequado aos tempos, ao filho já maduro que apanhara da mulher: “Nunca bata primeiro, jamais erga a mão para ela. Mas ela o agredir, revide. Se você não revidar, continuará apanhando e passará por fraco.” Acontecia que o dito cujo do filho andava apanhando muito da mulher. Confesso ter ficado com a pulga atrás da orelha pois, no mais fundo de mim, acabei dando razão ao pai do filho que apanha. Ora, se homem não pode bater em mulher por que será vitimado pela lei “Maria da Penha”, por que, então, não se criar uma outra lei – pode ser “Mário da Penha”, por que não? – para punir mulher que bate em marido.

Jamais bati em qualquer mulher. E nem apanhei. Mas fiquei pensando no conselho que meu amigo deu ao filho e, cá com os meus botões, admiti: “Se mulher vier bater em mim, reajo e dou o troco.” E pensei mais: será que os veículos de comunicação não estariam sendo enfáticos demais nos casos de homem agredindo mulher e omissos em relação à situação inversa? Pois, pelo que ando ouvindo por aí, está cada vez mais comum mulher bater em marido, bater no companheiro, agredir a socos, pontapés, facadas. E com a pior das armas femininas: a língua.

A agressão física e a brutalidade não cabem em lugar algum. A não ser, óbvio, em legítima defesa. No entanto, há agressões piores, mais devastadoras, de impacto totalizante: as agressões morais, verbais. E mulheres há que usam esse poder maligno com tal maestria que destroem homens, filhos, famílias inteiras. Mas nessa cumbuca não meto a mão.

O fato é que as relações humanas se deterioraram quase que por completo. Conseguimos e permitimos construir uma sociedade do desrespeito, justamente num tempo em que tanto se fala em direitos humanos e em liberdade. Parece que esta, a liberdade, é – em vez de uma bênção – a maldição que acompanha o homem desde quando perdeu o paraíso. Pois liberdade não é um presente, mas uma carga que, de tão preciosa, exige cuidados especialíssimos. Num lar, quando homem e mulher chegam ao ponto absurdo da agressão física, o que resta daquele que, um dia, foi chamado de casal? E de que lar se poderá falar? E de que família?

Ando tão perplexo que venho pensando na possibilidade futura de haver uma outra sociedade – após esta nossa, que chega ao fim – onde casamentos teriam que ser autorizados, depois de os casais serem aprovados em testes especiais. Se se faz exame até para tirar carteira de motorista – como se permite que dois irresponsáveis constituam família e tenham filhos? Frutos de irresponsáveis são irresponsáveis. Mas é tolice minha, que não estou entendendo nem compreendo mais quase nada. Bom dia.

1 comentário

  1. Dausther Lorencini em 30/12/2012 às 15:58

    Com a Lei Maria da Penha, casamento homossexual legalizado, políticos no mundo inteiro querendo acabar com a pornografia na Internet em um mundo moderno, mundano e sexualizado, até em crianças e adolescentes, e que por isso desencadearam os estupros por essas roupas sexualizadas que eu vejo, tudo foi deteriorado, destruído, acabado, extinto. E nós homens fomos excluídos dessa sociedade brasileira. Por isso, não posso mais desejar felicidade a nenhum casal que vai se casar. Os homens precisam abrir os olhos e desmascarar todas as mulheres. A CPI da Mulher já devia ter sido aberta há muito tempo. ISSO É TUDO QUE EU POSSO DIZER, E EU METO A REAL SEM DÓ!!!

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