Porque Davi Barros não impõe confiança.

Com toda certeza, ainda sobra muita sabedoria a pelo menos alguns bispos da Igreja Metodista, nesse momento em que novo vendaval desaba sobre uma de suas mais importantes instituições. E, por ainda haver essa sabedoria, certamente estaremos diante do final desse novo vendaval que foi a indicação de Davi Ferreira Barros para intervir na Unimep. Porque é essa sabedoria que permitirá, aos prelados sábios, perceber e entender que Davi Barros não impôs respeito, nem mesmo o que, por inércia, é devido ao cargo magnificente. Pelo contrário, Davi Barros tem, com sua truculência e maquiavelismo primário, comprometido os valores também do Metodismo verdadeiro, que se contrapõem a toda forma de mentiras, de farsas, de falácias e artimanhas desrespeitosas.

Estou, neste comentário, afirmando, com todas as letras, que Davi Barros não pode mesmo merecer a confiança dos professores e dos funcionários exatamente porque ele sonega a verdade dos fatos. E continua sonegando-a até mesmo para os que, como este jornalista, conhece essa história desde o início, acompanhando-a passo a passo, tendo conhecido personagens e personalidades, convivido com algumas delas. Quando, numa última opinião, manifestei que havia uma promiscuidade insuportável na administração de Davi Barros, referi-me, propositalmente, a duas pessoas também com nomes bíblicos: Amós e Jonas. Mas elas têm apenas nomes bíblicos, pois são atuais e se tornam, pelo menos no entender de quem conhece a instituição, simbólicas da mudança de um estado de respeito a um outro de simples mediocrização.

Amós da Silva Nascimento, filho do reverendo José Nascimento – este, um dos homens mais humildes e sábios que já conheci – foi responsável, até recentemente, pela assessoria de assuntos internacionais da Unimep. O dr.Amós foi-se embora para os Estados Unidos, mal suportando as transformações que ele sabia viriam e, também, por razões pessoais. Foi uma das maiores perdas não apenas da Unimep, mas da Igreja Metodista no Brasil e para a própria cultura brasileira. O dr.Amós tem um currículo que enobrece a inteligência do País, privilegiado discípulo que foi do filósofo Habermas, que o orientou em seu doutorado em Frankfurt, Alemanha. Em relações internacionais, ele manteve contato com governantes do mundo todo, com embaixadores, com reitores das mais notáveis universidades em todos os continentes. E, com ele, a Unimep obteve um respeito internacional que o dr.Amós transmitiu ao divulgar os feitos e espírito da universidade piracicabana e metodista. Hoje, está em Universidade dos Estados, na Washington Tacoma, como professor do Departamento de Artes e Ciência. O dr.Amós da Silva Nascimento era um dos pilares do modelo de Unimep construído até a chegada de Davi Barros, que quer implantar o novo modelo. Ele foi substituído por Jonas Ferreira Barros.

A reação na comunidade acadêmica com a indicação de Jonas Ferreira Barros foi de espanto. Como jornalista, antes de tecer considerações, mantive contatos, registrados e comprovados, com a área de comunicação da atual reitoria pedindo informações sobre a qualificação de Jonas Ferreira Barros, tendo, anteriormente, solicitado, sem ser atendido, informações curriculares do substituto de Amós da Silva Nascimento. Informava-se que Jonas Barros era formando em Letras na Unimep. Finalmente, foi feita a gentileza de resposta à informação e o currículo de Jonas Ferreira Barros é revelador da “nova Unimep” que Davi Ferreira Barros pretende criar, destruindo a atual: Jonas é formado pela Esalq, tem mestrado de inglês (não se revelou qual a sua tese) e atua na área de ensino do inglês. O atual assessor de Assuntos Internacionais da Unimep tem, entres alguns dos serviços prestados, assessoria ao projeto de reformulação da disciplina de Inglês do Colégio Metodista de São Bernardo do Campo (1999), do Colégio Metodista de Bertioga (1999) e Colégio Metodista de Juiz de Fora -MG – Instituto Granbery (2005 e 2006). Esses colégios estão sob orientação da UMESP (Universidade de São Bernardo), do qual Davi Barros foi reitor até recentemente. E Jonas Ferreira Barros é filho de Davi Ferreira Barros.

Ora, o retorno de Rinalva Cassiano da Silva à Unimep causou, também, estupefação. Por diversos motivos, não por suas qualidades profissionais, que Rinalva as teve desde quando, já no longínquo 1959, era assessora de Richard Edward Senn em Anápolis, Goiás. Rinalva foi uma das que mais lutaram pelo reconhecimento da Unimep pelo MEC, atravessando as reitorias de Richard Senn, de Elias Boaventura, prestando serviços também a Almir de Souza Maia e, finalmente, indo-se com Davi Barros para São Bernardo.

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